tag:blogger.com,1999:blog-30517762391585166542024-02-19T09:15:47.602-08:00Blog da PitangaUnknownnoreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-87832549330983850732016-09-20T12:21:00.001-07:002016-09-20T12:21:22.226-07:00"Comecei a pensar no sentido da solidão.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj9mAB8yVj62-bjwLSZmPIqAN93SSxssnCPWJ1a_GDDwQYGdPuNDMLIEGjVYQMN0uXa2x7bO8MzWqAZkemKErA4r8bE-ClCl2vMYWREYdW-IJ8Qd1IetRU34LnsoGUxB4zy3a7DGdj2COs/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj9mAB8yVj62-bjwLSZmPIqAN93SSxssnCPWJ1a_GDDwQYGdPuNDMLIEGjVYQMN0uXa2x7bO8MzWqAZkemKErA4r8bE-ClCl2vMYWREYdW-IJ8Qd1IetRU34LnsoGUxB4zy3a7DGdj2COs/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
Um estado interior que não depende da distância<br />
<br />
Nem do isolamento; um vazio que invade as pessoas<br />
<br />
E que a simples companhia ou presença humana<br />
<br />
Não podem preencher ;<br />
<br />
Solidão foi a única coisa que eu não senti,<br />
<br />
Depois que parti.<br />
<br />
NUNCA .<br />
<br />
Em momento algum .<br />
<br />
Estava , sim, atacado de uma voraz saudade.<br />
<br />
De tudo e de todos, de coisas e pessoas que há muito tempo não via .<br />
<br />
Mas a saudade às vezes faz bem ao coração.<br />
<br />
Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias.<br />
<br />
Quem tem um amigo, mesmo que um só,<br />
<br />
Não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade,<br />
<br />
MAS NÃO ESTARÁ SÓ ! "Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-70236754547094322112016-09-20T12:17:00.000-07:002016-09-20T12:17:26.899-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
É claro que sim...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzQ-OCMuqSZuIth2tlfZWpkS62xAMt9ZWSPgBPX-WY6PfD2rXiiOfkwpKFMAeNam3oaowYPNBiyw6XlWMhpi1DkBu54KZKC5PiDPJYTz6aR4Dt8pY47WzlOXqlXcy7_7zmtfknwSqRMrVV/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzQ-OCMuqSZuIth2tlfZWpkS62xAMt9ZWSPgBPX-WY6PfD2rXiiOfkwpKFMAeNam3oaowYPNBiyw6XlWMhpi1DkBu54KZKC5PiDPJYTz6aR4Dt8pY47WzlOXqlXcy7_7zmtfknwSqRMrVV/s1600/download.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Mas não precisamos esperar se não quisermos.</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-16630750579824473022013-10-10T16:09:00.001-07:002013-10-10T16:09:42.228-07:00O show do Pedro!<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/KBHNExpg9tQ" width="459"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-9043016111916132012013-05-11T17:08:00.002-07:002013-05-11T17:16:55.825-07:00A boa mãe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLsEO6TztnpRcOkyVkd7GjAdadVOXXrOv9qF7Kr9ZInzJiiL3Cl4UAH0Vk3q3_trHwMhotHCd-SLD3Y4ipR23ckqYF7pujN5SW3HvhSzcuiZdieT-el8-8HYjpc_BWp-NaHSJllKuyxG3P/s1600/Gravidez__1296076247.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLsEO6TztnpRcOkyVkd7GjAdadVOXXrOv9qF7Kr9ZInzJiiL3Cl4UAH0Vk3q3_trHwMhotHCd-SLD3Y4ipR23ckqYF7pujN5SW3HvhSzcuiZdieT-el8-8HYjpc_BWp-NaHSJllKuyxG3P/s320/Gravidez__1296076247.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: black;">
<span style="color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar</span><br style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e</span><br style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o</span><br style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa,</span><br style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha</span><br style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;" /><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para<br />controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da<br />frase, hoje absolutamente clara.<br />Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.<br />Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que<br />significa isso.<br />Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de<br />mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos,<br />como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos,<br />confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas<br />escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros<br />também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão<br />umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os<br />dois lados, mãe e filho.<br />Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse<br />vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em<br />que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e<br />recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos<br />lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no<br />fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o<br />conforto nas horas difíceis.<br />Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o<br />maior desafio e a principal missão.<br />Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto<br />seguro para quando eles decidirem atracar.<br />"Dê a quem você Ama :<br />- Asas para voar...<br />- Raízes para voltar...<br />- Motivos para ficar... " - Dalai Lama"</span></span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5RcQsAqYHY_139mPsjxI0yR5uHarYW-ppL02Anv2gdkBfnYawk3HNMeE1uinspMbB7DSo4J7yz2FzPmSdHB97anWV_do1y2q9i1T0COY9nLdUVoVnGfCCwNQaJQrw2-F0omcYBkVroSw4/s1600/TZ5LFV2482O_Book_de_Gestante_no_Rio_de_Janeiro_Estudio_Fotografico_27482_image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5RcQsAqYHY_139mPsjxI0yR5uHarYW-ppL02Anv2gdkBfnYawk3HNMeE1uinspMbB7DSo4J7yz2FzPmSdHB97anWV_do1y2q9i1T0COY9nLdUVoVnGfCCwNQaJQrw2-F0omcYBkVroSw4/s320/TZ5LFV2482O_Book_de_Gestante_no_Rio_de_Janeiro_Estudio_Fotografico_27482_image.jpg" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-34602741778783567642012-08-22T08:26:00.001-07:002012-08-22T08:26:10.634-07:00Namoro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHdpaEPzdPM0iWtFvOY6K3nF7T1SALMwStTyiJQkKwf-F0Vd-T8L8-eMHEpE7EDbd_1Oz6f6cJelQeZ2wsoww46vSrDlJ_FGfvuFbN9Um795R13ycWuN8dQtMUDBrQffmUGJgrxIZ9xu4M/s1600/images+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="207" width="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHdpaEPzdPM0iWtFvOY6K3nF7T1SALMwStTyiJQkKwf-F0Vd-T8L8-eMHEpE7EDbd_1Oz6f6cJelQeZ2wsoww46vSrDlJ_FGfvuFbN9Um795R13ycWuN8dQtMUDBrQffmUGJgrxIZ9xu4M/s320/images+%25281%2529.jpg" /></a></div>
"Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do whisky com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo, e nele, os ingredientes vão além do descompromisso como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se a outra estiver beijando outro, etc, etc, etc.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ela, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ´alguém para amar´...
Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento.
Arnaldo JaborUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-2289852033985046282012-05-29T09:14:00.001-07:002012-05-29T09:14:43.297-07:00Laços de Ternura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKdT6hpyxXJXHLINBQK36OvtRTODJPy6Z0SGrki8x7bXJ6LL1IrfuYoWSJ12dpiL6sr4KWCkm6gQkDS24L3T21gLrjzg7EKh4nZokZCjvh6IBfcE1W-_yQEaF-eQZv1wj9MwRNSlleUu4E/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="207" width="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKdT6hpyxXJXHLINBQK36OvtRTODJPy6Z0SGrki8x7bXJ6LL1IrfuYoWSJ12dpiL6sr4KWCkm6gQkDS24L3T21gLrjzg7EKh4nZokZCjvh6IBfcE1W-_yQEaF-eQZv1wj9MwRNSlleUu4E/s320/images.jpg" /></a></div>
Simples assim, amizades não devem ser amarradas por nós, precisam ser sustentadas através de laços.
Mas laços são frágeis, podem se desfazer a qualquer momento com um simples toque ou um rápido movimento.
Ao mesmo tempo sabemos que existem laços muito bem dados, com capricho, com carinho e que se tornam tão seguros que mais parecem nós.
Mas, não se parecem com nós que apertam, que prendem,
que são impossíveis de se desfazer.
Amizade é algo que precisa de liberdade e ao mesmo tempo de segurança
e um laço bem dado pode ser desfeito a qualquer momento,
mas pode também durar uma vida toda, basta ser muito bem cuidado.
De qualquer forma não podemos esquecer que certos nós também podem ser defeitos, aliás rapidamente desfeitos, algumas pessoas são especialistas nisso.
Digo tudo isso pensando em amizades que mais se parecem com obrigação e que vão se sustentando amarradas por nós enquanto o tempo vai esvaziando-as.
Um amigo verdadeiro não nos suga, não tripudia em cima de nós, não vive a mercê apenas dos seus próprios interesses, não exige, não impede o nosso direito de ir e vir.
Mas algumas amizades arrastam-se por aí amarradas por um nó, dependentes e em nome de um passado que se bem analisado não foi assim tão verídico.
A vida passa e com o tempo conseguimos enxergar determinadas coisas que anteriormente não era possível.
O ser humano tem mesmo a fraqueza de colocar vendas
nos olhos quando se encanta com alguém.
Não que amigos não possam ter defeitos, mas seus defeitos não podem ser direcionados a nós com o intuito de nos contrariar e prejudicar.
Já dizia o velho ditado - o tempo mostra quem é quem e ninguém
é capaz de se disfarçar a vida toda em alguém que não é.
Crie laços com as pessoas que te fazem bem, que lhe parecem verdadeiras
e desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na
sua vida, mas infelizmente, por vontade própria, deixaram de ser.
Nó aperta, laço enfeita... simples assim.
Caio Fernando AbreuUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-63464867969828337972012-03-08T04:31:00.002-08:002012-03-08T04:38:59.071-08:00Mulher<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrQUXcUdbV6GI8ob7QRvoAGwkCWre8bnxrKDhKIwwpt5GK6MLwJ8H8S9ZVilFVRm2xauR0f4zTIJlCOpUnvpHj_x3OHlkKssIHLOXbbnYXsqMwyKqc7tcub9DYxVwt4B_9B51HQuusWo6/s1600/rosas_de_maio.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 257px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkrQUXcUdbV6GI8ob7QRvoAGwkCWre8bnxrKDhKIwwpt5GK6MLwJ8H8S9ZVilFVRm2xauR0f4zTIJlCOpUnvpHj_x3OHlkKssIHLOXbbnYXsqMwyKqc7tcub9DYxVwt4B_9B51HQuusWo6/s320/rosas_de_maio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5717504846929146658" /></a><br />O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.<br />Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'<br />Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:<br /><br />1. Habitat<br />Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.<br /><br />2. Alimentação correta<br />Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.<br /><br />3. Flores<br />Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.<br /><br />4. Respeite a natureza<br />Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.<br /><br />5. Não tolha a sua vaidade<br />É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.<br /><br />6. Cérebro feminino não é um mito<br />Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.<br /><br />Não faça sombra sobre ela<br />Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.<br /><br />Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.<br />E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire GAY.<br /><br />Só tem mulher, quem pode!<br /> Luis Fernando VeríssimoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-43577768030702630462012-03-01T09:19:00.002-08:002012-03-01T09:21:30.186-08:00A pipoca<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPmMhI8i-7Vka3SrBa0x0ywqzFxMZDTfbC-casFB3I5baMznz3BrMqxEp87GqjNhC38XIqVFCRPYpcaowAAULdRghd9sT63THklByee9TV_KjRPZr3t0F2hgX4KZD05t3Zoh3gJqbYIXIQ/s1600/pipoca1-300x225.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPmMhI8i-7Vka3SrBa0x0ywqzFxMZDTfbC-casFB3I5baMznz3BrMqxEp87GqjNhC38XIqVFCRPYpcaowAAULdRghd9sT63THklByee9TV_KjRPZr3t0F2hgX4KZD05t3Zoh3gJqbYIXIQ/s320/pipoca1-300x225.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5714979934746891730" /></a><br />A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas.<br /><br />Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.<br /><br />Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.<br /><br />As comidas, para mim, são entidades oníricas.<br /><br />Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.<br /><br />A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.<br /><br />A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.<br /><br />Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.<br /><br />Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...<br /><br />A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.<br /><br />Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.<br /><br />Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.<br /><br />Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!<br /><br />E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.<br /><br />Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.<br /><br />Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.<br /><br />Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.<br /><br />Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.<br /><br />Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.<br /><br />"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe.<br /><br />Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.<br /><br />Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.<br /><br />Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.<br /><br />Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.<br /><br />Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á".A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.<br /><br />Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...<br /><br />"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".<br /> <br /><br /><br /> Rubem AlvesUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-75011243880986362112012-02-02T19:00:00.000-08:002012-02-02T19:05:58.756-08:00Cumplicidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfQpECTfaidOF8MWkHGca2HmSOQiluXwvl6gD_WX51F6_bOLAc_ez8-YQGWxGtDkuCN5_tp4z3y5uhK8jE76LQQadwzKxCY9ZUOZQlN0-IjO1QP3iiKX8nzxCg2_NQcvla-1J_59nJZg5w/s1600/cumplicidade1.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 307px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfQpECTfaidOF8MWkHGca2HmSOQiluXwvl6gD_WX51F6_bOLAc_ez8-YQGWxGtDkuCN5_tp4z3y5uhK8jE76LQQadwzKxCY9ZUOZQlN0-IjO1QP3iiKX8nzxCg2_NQcvla-1J_59nJZg5w/s320/cumplicidade1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5704740158702836562" /></a><br />A minha pergunta é um grito no meio de todo o silêncio, pelo desejo escondido, disfarçado, de fazer do meu mundo, uma surpresa na construção de lagos e lugares em que espraio todas as minhas vontades.<br /><br />É um ser em meu rabiscar que diviniza concretamente o tempo que vejo em teus braços. Sou pequeno e grande em tudo o que vês em mim. Que eu não visiono, por humilde e imerecido.<br />Temos a imagem de inocentes certezas, pequenos pontos brilhantes soltos no espaço, pelo qual partimos em demanda. Sou a confissão em teus pensamentos. Leis escritas em reticências, naqueles muitos pontos que não foram nunca pontos finais. Em cada história reinventada um suspiro, um amor que se renova, um olhar que se bebe, uma palavra que embebeda, vontades que rejuvenescem. Acredito ser isso que me cativa no meio de tantos desencontros.<br /><br />Essa cumplicidade, leves sorrisos, fugidios olhares, é o que me prende. Não é nem preciso que me contes dos teus caminhos, porque sei do calor que emana do teu corpo quando, no sofá, escuto o declamar de coisas que não conheço e tuas mãos correm em meus cabelos, com aquele jeito especial que é só teu. Cada fio enrolado em teus dedos é uma palavra de mim; um dizer que ofereço.Mergulho em teu olhar e o que vejo é puro prazer quando, sentindo muito além do que esperamos, as tuas mãos tocam-me nos lábios que, suavemente, com temor, deposito um beijo. Nesse instante de pura magia o coração acelera e como tudo que é mágico nos envolvemos em poesia.<br /><br />A tua voz conhece o meu corpo, tantas foram as vezes desbravado, o tapete que tão bem conhece os nossos corpos e as nossas vontades e, por isso nos recebe. Se a noite é fria, nos aquecemos e de loucura nos cobrimos como feras em êxtase. Quero ficar perdido nesse sonho, real metáfora de uma saudade e acordar quando os teus lábios falarem aos meus do amor que somos nesse pensar e sentir. Somos a suprema fantasia, enleados numa mística realidade. Um deitar de corpos, um esculpir sereno de laços. Somos a construção do que construímos. Pedaços de textos e histórias em contrapontos. Grita em nós a pele que cobre o vermelho que a agita. Ama em nós o sentido que nos aproxima. Afinal quem és e como foi a tua aprendizagem a amar da forma que eu amo? Talvez seja a medida com que venho medindo. A palavra que espera um complemento. Ou talvez seja mesmo a metade de uma alma que deslumbrada cede ao toque e desperta sedenta desse amor que promete e que se realiza em mim. Pergunto sem cessar porque tenho tanto de ti. Por que é assim e por que confesso o intenso desbravar de sentires e quereres? Sou a tua vontade escondida, o reflexo do teu olhar e a simplicidade de uma sedução. Pois seja, eu confesso, parecemos inocentes certezas... Prova de que o amor não necessita de explicações; ele simplesmente acontece nos corpos que se procuram no infinito.<br /><br />As Cartas Perdidas (Blogspot)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-67620258501295486092011-10-25T10:53:00.000-07:002011-10-25T11:09:13.156-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8keZxKab3c0pqk7PlSbnrN-YJq95VVcJTH-0GhKZjw42Avv-xrTZTHupDdxspF9ghrZIWCqZePHRWJ7YRVtkI7K0P4abOUhD25L5RSjbKYXB8i0lJ2xn0tRjvDrshMTyFrgnhHGTb4KEf/s1600/DSC02182.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8keZxKab3c0pqk7PlSbnrN-YJq95VVcJTH-0GhKZjw42Avv-xrTZTHupDdxspF9ghrZIWCqZePHRWJ7YRVtkI7K0P4abOUhD25L5RSjbKYXB8i0lJ2xn0tRjvDrshMTyFrgnhHGTb4KEf/s320/DSC02182.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667489949736390642" /></a><br />Deixe-me com a minha pornografia, minha arte estranha, meu paraíso pintado de laranja. Deixe-me com minha fé no amor. Guarde esse café enquanto trancafio-me em casa por semanas, tenho recusado a cachaça barata e o sexo apenas pelo sexo. O que busco é o pornô com romance - ou comédia romântica -, e a esperança de envelhecer junto. Ele, eu e um cão de guarda. Lenha jogada na brasa sim, afinal, fogo é elementar meus caros, mas nenhum incêndio salvará suas vidas. Eu busco de aquele menino. E que sigamos de mãos dadas até o próximo fim do mundo, juro que não te largo. Se quiser, confie no horoscopo, nos astros, no seu extrato bancário ou na minha poesia de semana passada. Jogue búzios para confirmar aquilo que há anos te digo. Mas por favor, não chegue atrasado. Há uma luz brotando em alguma escuridão e talvez eu pegue carona e aí então, outro desencontro! Mas olha, vamos marcar nesse ponto. Aqui, início de todos os nossos planos. Continuo sonhando aqueles mesmos sonhos. Talvez eu cante na rádio, talvez a gente se case, talvez não. Mas o amor, essa coisa que brotou de repente e foi regada por tantos anos, nesse eu ponho todas as certezas possíveis. O caminho é longo, a estrada escura, a doçura tem que ser muita e o carinho impublicável. E no amargo a gente taca açúcar até virar melado. E então a gente brinca, se lambuza todo, engole pouco pra não enjoar muito e inventa novas canções de ninar...<br /><br />AdaptaçãoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-8758601022061904362011-08-18T04:56:00.000-07:002011-08-18T05:40:02.839-07:00Eu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSmqq1fS4MCWGaVQeHIfLp9wr_ISHfbUT-sDxEAkeUefmCAgiV7Ad0ofbIfD96cJzaPXCO98RkItOFBhOYE1g3lJ4wNLqU-XcRxqDJZvjW8PxDueaTD3CJyYmABijhCJTU2snObbh_ioMh/s1600/11810borboletas1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSmqq1fS4MCWGaVQeHIfLp9wr_ISHfbUT-sDxEAkeUefmCAgiV7Ad0ofbIfD96cJzaPXCO98RkItOFBhOYE1g3lJ4wNLqU-XcRxqDJZvjW8PxDueaTD3CJyYmABijhCJTU2snObbh_ioMh/s320/11810borboletas1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642164087324690914" /></a>
<br />Eu, sou só
<br />E sou eu mesma.
<br />O que pensam e dizem os outros
<br />A mim não importa, tenho a minha lei
<br />Que outros a multidão covardemente sigam
<br />Pelo lado oposto, altiva, sozinha seguirei.
<br />Que sem brio ou vergonha, outros tudo consigam
<br />E zombem de mim porque nada alcancei
<br />Pois quanto mais com ódio o meu nome persigam
<br />Mais orgulhosa em trazê-lo, serei.
<br />Das pedradas, não fujo
<br />Às críticas aceito
<br />Porém, minha espinha não curvo
<br />Em favor de nenhum proveito.
<br />Sigo tranqüila e serena, minha incessante busca pela paz
<br />Fiel a mim mesma minha fé nunca traio
<br />Mas, se um dia fatal eu for ferida por um raio
<br />E tombar minha bandeira,
<br />Tombarei junto com ela !Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-80507544291057651642011-08-05T06:01:00.000-07:002011-08-05T06:07:48.463-07:00Vocabulário feminino<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNM2He4GS-UYtZaPYK_-5YSjxTKxkMA0qbVhdeewKLXiLBh7b9rt5LLMXeCs0defZwHpEDIHg1nFZVjAKCxNLqeqbjd_96G2GpoD7ssNu4R1FASirZ6eFXote1uwssyBLNXJNRHeyn2sV/s1600/ler.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 187px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNM2He4GS-UYtZaPYK_-5YSjxTKxkMA0qbVhdeewKLXiLBh7b9rt5LLMXeCs0defZwHpEDIHg1nFZVjAKCxNLqeqbjd_96G2GpoD7ssNu4R1FASirZ6eFXote1uwssyBLNXJNRHeyn2sV/s320/ler.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637357818098614914" /></a><br /><br /><br /><br />Se eu tivesse que escolher uma palavra<br />- apenas uma -<br />para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje,<br />essa palavra seria um verbo de quatro sílabas:<br />descomplicar.<br />Depois de infinitas (e imensas) conquistas,<br />acho que está passando da hora de aprendermos<br />a viver com mais leveza:<br />exigir menos dos outros e de nós próprias,<br />cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa,<br />olhar menos para o espelho.<br /><br />Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão<br />falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.<br /><br /> Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial<br />da mulher moderna.<br />Amizade, por exemplo.<br />Acostumadas a concentrar nossos<br />sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas,<br />acabamos deixando as amigas em segundo plano.<br /><br />E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher<br />quanto a convivência com as amigas.<br />Ir ao cinema com elas<br />(que gostam dos mesmos filmes que a gente),<br />sair sem ter hora para voltar,<br />compartilhar uma caipivodca de morango<br />e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes<br />- isso, sim, faz bem para a pele.<br /><br />Para a alma, então, nem se fala.<br /><br />Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez<br />(desligue o celular, se for preciso)<br />e desfrute os prazeres que só uma<br />boa amizade consegue proporcionar.<br /><br />E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário<br />duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:<br />pausa e silêncio.<br /><br />Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,<br />três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia<br />- não importa -<br />e a ficar em silêncio.<br /><br />Essas pausas silenciosas nos permitem refletir,<br />contar até 100 antes de uma decisão importante,<br />entender melhor os próprios sentimentos,<br />reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.<br /><br />Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir.<br />Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão<br />de uma mulher mal-humorada.<br />Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas<br />do nosso dia a dia.<br />Se for preciso, pegue uma comédia na locadora,<br />preste atenção na conversa de duas crianças,<br />marque um encontro com aquela amiga engraçada<br />- faça qualquer coisa, mas ria.<br />O riso nos salva de nós mesmas,<br />cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.<br /> <br />Quanto à palavra dieta, cuidado:<br />mulheres que falam em regime o tempo<br />todo costumam ser péssimas companhias.<br /><br />Deixe para discutir carboidratos<br />e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista.<br />Nas mesas de restaurantes, nem pensar.<br /><br />Se for para ficar contando calorias,<br />descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa<br />do companheiro de mesa com reprovação e inveja,<br />melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface<br />e seu chá verde sozinha.<br /><br />Uma sugestão?<br />Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que,<br />essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:<br />gentileza.<br /><br />Ter classe não é usar roupas de grife:<br />é ser delicada.<br />Saber se comportar<br />é infinitamente mais importante do que saber se vestir.<br /><br />Resgate aquele velho exercício que anda esquecido:<br />aprenda a se colocar no lugar do outro,<br />e trate-o como você gostaria de ser tratada,<br />seja no trânsito, na fila do banco,<br />na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado,<br />na academia.<br /><br />E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser<br />indissociáveis da vida:<br />sonhar e recomeçar.<br /><br />Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia,<br />o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?)<br />ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere...<br />sonhar é quase fazer acontecer.<br />Sonhe até que aconteça.<br /><br />E recomece, sempre que for preciso:<br />seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares.<br />A vida nos dá um espaço de manobra:<br />use-o para reinventar a si mesma.<br /><br />E, por último<br />(agora, sim, encerrando),<br />risque do seu Aurélio a palavra perfeição.<br /><br />O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,<br />inseguranças, limites.<br /><br />Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita,<br />a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo,<br />a esposa nota mil.<br /><br />Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam,<br />bumbum que encara qualquer biquíni.<br />Mulheres reais são mulheres imperfeitas.<br />E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.<br />Viver não é<br />(e nunca foi)<br />fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem<br />(e a busca da perfeição pesa toneladas),<br />a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.<br /><br />Leila FerreiraUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-20446338421414136762011-08-02T06:04:00.000-07:002011-08-02T06:40:08.495-07:00Vida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-LULpLooWGSOSGDHhhoP99SValk-M7v2_tQFUzO4PQuzcs4nShlO-fOtE-vLyFdzQJF9vxBCRmimXncACIUVv30AK6-GrBh5LCQSQgxP5qNHWIs6Lz5Rw1x2xixZHzU5O-W9f2G56N0g/s1600/passeio_rio.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS-LULpLooWGSOSGDHhhoP99SValk-M7v2_tQFUzO4PQuzcs4nShlO-fOtE-vLyFdzQJF9vxBCRmimXncACIUVv30AK6-GrBh5LCQSQgxP5qNHWIs6Lz5Rw1x2xixZHzU5O-W9f2G56N0g/s320/passeio_rio.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636252450793270018" /></a><br /><br />Quando se ve sao seis horas<br />Quando se ve, já é sexta-feira<br />Quando se ve, já terminou o ano<br />Quando se ve, passaram-se 50 anos.<br /><br />Agora, é tarde demais para ser reprovado<br />Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade<br />eu nem olhava o relogio.<br />Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho,<br />a casca dourada e inutil das horas<br />Dessa forma eu digo:<br /><br />Nao deixe de fazer algo que gosta devido a falta<br />de tempo, a unica falta que terá, será desse tempo<br />que infelizmente nao voltará mais. <br /><br />Mário QuintanaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-9849092547479899332011-07-24T18:52:00.000-07:002011-07-24T18:58:21.955-07:00Os casais que caminham de mãos dadas.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8M-zr7vKu48vBxPTYzxd5Um2fSGX9gXI6H0WwFD_kOD12aGhgfFoI07HgZ3bW3T8Ym6CVVMDl7z4sVHuFy4U4FUBODJajYyDYK03pvhft99rCepmmWNXG7S1Gfyyfd7fQxWp2m2TNcOdn/s1600/maos-dadas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 223px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8M-zr7vKu48vBxPTYzxd5Um2fSGX9gXI6H0WwFD_kOD12aGhgfFoI07HgZ3bW3T8Ym6CVVMDl7z4sVHuFy4U4FUBODJajYyDYK03pvhft99rCepmmWNXG7S1Gfyyfd7fQxWp2m2TNcOdn/s320/maos-dadas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633103395299044034" /></a><br /><br /><br />Moacyr Scliar<br /><br />"Dar a mão a alguém significa ajudar esta pessoa; é a expressão de um amparo que pode ser prático, mas é emocional também.<br /><br />Médico de saúde pública, costumo fazer aquilo que recomendo a outras pessoas: todos os dias me exercito, seja na ACM em Porto Alegre, seja no fitness room de hotéis (quase todos agora oferecem esta facilidade), seja simplesmente caminhando por ruas e parques, o que apresenta a vantagem adicional de conhecer lugares e observar pessoas. E, observando, nunca deixo de reparar nos casais que caminham de mãos dadas.<br /><br />Um hábito que chama a atenção, porque estas pessoas renunciam ao movimento dos braços que em geral é parte da marcha - mas o fazem por boas razões, como já veremos. Mas primeiro é preciso dizer que, em outros países, sobretudo no sul da Ásia, não só casais andam de mãos dadas; homens também o fazem, é até um sinal de amizade.<br /><br />Num encontro internacional de saúde pública passei por certo constrangimento quando, ao sairmos do prédio, um colega paquistanês quis caminhar de mãos dadas comigo, o que, para alguém vindo do Rio Grande do Sul, parecia no mínimo estranho.<br /><br />Aqui, se vemos pessoas de mãos dadas, certamente se trata de casais.<br /><br />São, em geral, pessoas de meia- idade ou mesmo idosas. Aliás, é mais raro ver casais jovens caminhando juntos, o que é facilmente explicável: é uma fase em que homem e mulher têm compromissos separados, seja em casa, seja no trabalho; compatibilizar horários pode então ser uma coisa complicada. Na fase da aposentadoria, dos filhos crescidos, há mais tempo disponível: marido e mulher podem viajar juntos, podem almoçar juntos e podem caminhar juntos. E, quando o fazem, é freqüentemente de mãos dadas.<br /><br />Por quê? Por que caminham de mãos dadas, estes casais?<br /><br />A resposta mais óbvia é a de que assim estão se protegendo mutuamente.<br /><br />As ruas das cidades brasileiras freqüentemente são esburacadas e, a partir de certa idade, um buraco é mais do que um buraco, é uma armadilha, por causa do risco de quedas.<br /><br />Os resultados de uma queda podem ser bem desagradáveis: a fratura de colo do fêmur é um espectro da maturidade. Na verdade, o colo do fêmur é nosso calcanhar de Aquiles, é um ponto de menor resistência.<br /><br />O fêmur é forte, reto, orgulhoso, como a coluna de um templo grego. Mas ele não é parte de um templo grego, é parte de nosso corpo, e assim, de repente, precisa fazer uma inflexão para se encaixar na bacia.<br /><br />Ora, súbitas inflexões, inesperadas mudanças de rumo têm seu preço; no caso, o colo do fêmur, que é sede de freqüentes fraturas. Por causa dessa possibilidade os casais se apóiam mutuamente.<br /><br />Este é o lado prático de andar de mãos dadas. Mas há também o lado simbólico.<br /><br />A mão é o emblema de nossa humanidade.<br /><br />A mão transformou o troglodita do passado no Homo faber, o homem, e a mulher, que fazem coisas, que confeccionam objetos.<br /><br />A mão, porém, não é só um instrumento de trabalho, é um veículo de emoções.<br /><br />Dar a mão a alguém significa ajudar esta pessoa; é a expressão de um amparo que pode ser prático mas é emocional também.<br /><br />Estou aqui, diz o homem à mulher cuja mão ele segura.<br /><br />Estou aqui, diz a mulher ao homem cuja mão ela segura.<br /><br />"Se todas as pessoas do mundo/ quisessem se dar as mãos", como diz o famoso poema do francês Paul Fort, seríamos mais unidos, mais felizes.<br /><br />Seríamos mais humanos. E poderíamos rir dos muitos buracos que encontramos na vida."Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-17826646989753464882011-07-07T04:47:00.001-07:002011-07-25T11:08:25.357-07:00Desejos e Necessidades<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGesYoxmjTV0hnG-jY5yaI8rUKZFfrl0ousLR15JocaeLyK_PWN6xFuREKt3zBJN0QmPMxz2vfkH5iWE2C1Ftem3WEO8eU-VMyRkrzjmEe8Vg625kgpgYKsOtizn9Gy2udnnTA4rGVsKFG/s1600/DSC02437.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGesYoxmjTV0hnG-jY5yaI8rUKZFfrl0ousLR15JocaeLyK_PWN6xFuREKt3zBJN0QmPMxz2vfkH5iWE2C1Ftem3WEO8eU-VMyRkrzjmEe8Vg625kgpgYKsOtizn9Gy2udnnTA4rGVsKFG/s320/DSC02437.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633353331359273154" /></a><br /><br /><br /> <br />"Os desejos são muitos, as necessidades são poucas.<br />As necessidades podem ser satisfeitas; os desejos, nunca.<br /><br />Desejo é uma necessidade que enlouqueceu. É impossível satisfazê-lo. Quanto mais você tentar satisfazê-lo, mais ele pedirá.<br /><br />Conta uma história sufi que, quando Alexandre morreu e chegou ao paraíso, ele estava carregando todo o seu peso: todo o seu reinado, ouro, diamantes - é claro que não em realidade, mas como uma idéia.<br /><br />Ele estava demasiadamente oprimido pelo fato de ser Alexandre. O guardião do portal do paraíso começou a rir e perguntou: "Por que você está carregando tanto fardo?"<br /><br />Alexandre retrucou: "Que fardo?". Então o guardião lhe deu uma balança, em um dos seus pratos colocou um olho e pediu a Alexandre para colocar no outro prato todo o seu peso, sua grandeza, seus tesouros e o reinado.<br /><br />Mas aquele olho ainda permaneceu mais pesado que todo o reino de Alexandre. O guardião disse: "Esse é um olho humano. Ele representa o desejo humano e não pode ser satisfeito, não importa quão grande seja o seu reino e quão intensos sejam os seus esforços."<br /><br />Depois, o guardião jogou um pouco de poeira no olho, que imediatamente piscou e perdeu todo o seu peso.<br /><br />Uma pequena poeira de entendimento precisa ser jogada no olho do desejo. O desejo desaparece e permanece somente a necessidade, que não é pesada. As necessidades são muito poucas e são belas. Os desejos são feios e transformam os seres humanos em monstros; eles criam loucos.<br /><br />Assim que você começar a aprender a escolher a serenidade, um pequeno quarto será suficiente, uma pequena quantidade de comida será suficiente, poucas roupas serão suficientes, uma pessoa amada será suficiente. <br /> <br /> (Osho)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-13166540842201991082011-04-29T17:41:00.000-07:002011-07-25T10:57:04.669-07:00Viver despenteada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjScoxZt_FAGw_SaNczxZ2FVIg6A_Rq9vrDgpRH5xgnfBKyE7smdmB_1FPzdjDRfEw2HUGLZKWKO8lYUaEof6gjvS3ad2zkgSvw5YofITz5K-JcH0JJABpCTwUx607479EnSELB9Y6ZnHf-/s1600/14.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 281px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjScoxZt_FAGw_SaNczxZ2FVIg6A_Rq9vrDgpRH5xgnfBKyE7smdmB_1FPzdjDRfEw2HUGLZKWKO8lYUaEof6gjvS3ad2zkgSvw5YofITz5K-JcH0JJABpCTwUx607479EnSELB9Y6ZnHf-/s320/14.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633350430070824450" /></a><br /><br /><br />Decidi aproveitar a vida com mais intensidade... <br />O mundo é louco, definitivamente louco...<br />O que é bom, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto, enruga. E o que é realmente bom nesta vida, despenteia... <br /><br /><br /><br />- Fazer amor - despenteia.<br />- Nadar - despenteia<br />- Pular - despenteia.<br />- Tirar a roupa - despenteia.<br />- Brincar - despenteia.<br />- Dançar - despenteia.<br />- Dormir - despenteia.<br />- Beijar com ardor - despenteia. <br /><br />É a lei da vida: <br />Vai estar sempre mais despenteada a mulher que decide andar na montanha russa, que aquela que decide não subir.Por isso, a minha recomendação a todas as mulheres: <br /><br />Entrega-te, come coisas gostosas, beija, abraça,dança, apaixona-te, relaxa, viaja, salta,dorme tarde, acorda cedo, corre, voa, canta, arranja-te para ficares linda, arranja-te para ficares confortável, admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo:<br />Deixa a vida despentear-te!!!!<br />O pior que pode acontecer.... é que precises de te pentear de novo.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-70363906199784912232011-04-26T16:47:00.000-07:002011-07-25T10:56:01.690-07:00Seja diferente<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpJWT6fltcBBRv_60ENyqqVJT0vY751wzeFbRigE4eNbu4CJxFbt2ZYZ4Oig0mDlZOuUEB_VJtp7O4aRPofkdBDn2EwFrt5r4JufEO7c_RM7nUC24l1nwKHRBZhAp0HHNEVgdr_7quIu4W/s1600/13.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpJWT6fltcBBRv_60ENyqqVJT0vY751wzeFbRigE4eNbu4CJxFbt2ZYZ4Oig0mDlZOuUEB_VJtp7O4aRPofkdBDn2EwFrt5r4JufEO7c_RM7nUC24l1nwKHRBZhAp0HHNEVgdr_7quIu4W/s320/13.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633350160564320114" /></a><br /><br /> <br /> <br />Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!! <br /> <br />Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. <br /> <br />E se tiver a sorte de ter alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí. <br /> <br />Cerque-se de amigos. <br /> <br />Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes. <br /> <br />Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é? <br /> <br />Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.<br /> <br />E S CR E VA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di f E rEn tEs ! <br /><br />CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE.....Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-41182082996351211862011-04-21T21:46:00.000-07:002011-07-25T10:54:57.785-07:00Mulheres Possíveis<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsmOw1s2rjEWzN4KeC7AbZvtSJJdxjO4P77k988GM9rmNRZiDSGXz5wtPf4S6I0XwC_IVGbzjNuWk-9SiKAY-Mg45dOMHYQt7faH7Urneh3uugVgjPxNPO2M7Bf3yw064iKcVQNdXkl1SP/s1600/12.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsmOw1s2rjEWzN4KeC7AbZvtSJJdxjO4P77k988GM9rmNRZiDSGXz5wtPf4S6I0XwC_IVGbzjNuWk-9SiKAY-Mg45dOMHYQt7faH7Urneh3uugVgjPxNPO2M7Bf3yw064iKcVQNdXkl1SP/s320/12.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633349911762268066" /></a><br /><br />'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia,<br />caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!<br />E, entre uma coisa e outra, leio livros.<br />Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.<br />Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.<br />Primeiro: a dizer NÃO.<br />Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.<br />Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.<br />Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.<br />Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.<br />Você não é Nossa Senhora.<br />Você é, humildemente, uma mulher.<br />E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.<br />Tempo para fazer nada.<br />Tempo para fazer tudo.<br />Tempo para dançar sozinha na sala.<br />Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.<br />Tempo para sumir dois dias com seu amor.<br />Três dias.<br />Cinco dias!<br />Tempo para uma massagem.<br />Tempo para ver a novela.<br />Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.<br />Tempo para fazer um trabalho voluntário.<br />Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.<br />Tempo para conhecer outras pessoas.<br />Voltar a estudar.<br />Para engravidar.<br />Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.<br />Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.<br />Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.<br />Existir, a que será que se destina?<br />Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.<br />A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.<br />Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.<br />Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!<br />Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.<br />Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.<br />Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.<br />E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante' .<br /><br />Martha Medeiros - Jornalista e escritoraUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-22812384987569463472011-04-21T13:52:00.000-07:002011-07-25T10:53:59.908-07:00Felicidade Clandestina<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj14X9-V0_4BtFzAPqpWxqszFhoFyAd6nuNSaPxsA2mAkpMInHHnhuTLjH7qZTl_ll-8SWlb_R7tw920oTzewTCY-8PsuZY_2a05XdrSU8av0NxNCzG04KswUPUNqiPWNnCNlJsIO-sdYkN/s1600/11.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj14X9-V0_4BtFzAPqpWxqszFhoFyAd6nuNSaPxsA2mAkpMInHHnhuTLjH7qZTl_ll-8SWlb_R7tw920oTzewTCY-8PsuZY_2a05XdrSU8av0NxNCzG04KswUPUNqiPWNnCNlJsIO-sdYkN/s320/11.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633349664687941394" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH9OCQ_tV7hYIAGhxCF26cOYiP2H-_3kzA6ObtHdXybZtaapF888OgHmfbV_dHlf0oB7HWvYv8iG14HO8apiBxu955Hsc1qe0aLt-fz9li7i-FJMVz4kuF5KFkGjnWHvNxcCeZCdUYhlRZ/s1600/10.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH9OCQ_tV7hYIAGhxCF26cOYiP2H-_3kzA6ObtHdXybZtaapF888OgHmfbV_dHlf0oB7HWvYv8iG14HO8apiBxu955Hsc1qe0aLt-fz9li7i-FJMVz4kuF5KFkGjnWHvNxcCeZCdUYhlRZ/s320/10.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633348775279463426" /></a><br /><br />Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.<br /> Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".<br /> Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.<br /> Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía "As reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato.<br /> Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.<br /> Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.<br /> No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberto, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.<br /> Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.<br /> E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.<br /> Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.<br /> Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!<br /> E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.<br /> Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.<br /> Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Pareceu que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.<br /> Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.<br /> Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.<br /><br />Clarice LispectorUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-40598256166458200602010-11-10T13:30:00.000-08:002011-07-25T10:09:21.466-07:00Adriana Pitanga<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkvYNb5Ht8Kiq_0EG3veogaAyNcu7V7ZKxofyxBbmm149T6YS5VmpX6gY56IQkza-gT0tIDWW4Ba5n87dRCp-nXCTvxjmnfG4JvCwizViH8XoL-s-THD6I5eL8PSeWBTWNwf-wwzmG9Cr/s1600/10.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 211px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzkvYNb5Ht8Kiq_0EG3veogaAyNcu7V7ZKxofyxBbmm149T6YS5VmpX6gY56IQkza-gT0tIDWW4Ba5n87dRCp-nXCTvxjmnfG4JvCwizViH8XoL-s-THD6I5eL8PSeWBTWNwf-wwzmG9Cr/s320/10.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633334444984222866" /></a><br /><br /><br /><br />Finzinho de dia chuvoso ouvindo "meu" Chico. Deu vontade de postar.Gosto de fazer( e só faço) as coisas quando tenho vontade. Acho que tenho aprendido a ser assim. Com toda a minha complicadeza eu sou uma pessoa simples. Aprendi que toda vez que menti, principalmente para mim mesma, e não fui fiel aos meus desejos, me ferrei. Então, passei a não fazer mais isso. E meus desejos são cada vez mais simples: quero ler bons livros, quero ouvir música, quero dançar cada vez mais, quero ver bons filmes,sorrir,chorar e amar.<br />Quero curtir minha casa.<br />Quero cozinhar para as pessoas que amo, receber meus amigos.<br />Quero fazer amor, quero ter amores...<br />Quero dormir quando tenho sono (mesmo que em horários não convencionais), comer quando tenho fome (idem) e poder ficar quieta quando não tenho vontade de falar(mesmo que raro, rs!).<br />Quero conversar e contar tudo do meu dia, nos mínimos detalhes, quando tenho vontade de falar e contar tudo do meu dia, nos mínimos detalhes. Mesmo que isso não interesse a ninguém...<br />Quero o meu corpo cada vez mais alongado e forte, quero sentir-me inteira.<br />Quero ter tranquilidade e leveza na vida, e não me angustiar com o que não tem solução. Por isso busco tratar o que me deixa o contrário disso, sem controle...<br />Quero andar pela praia, observar as pessoas, ouvir suas conversas, aprender e trocar com elas. Quero ter a coragem de pagar para ver e quero de graça também...<br />Quero que as pessoas que eu amo saibam disso, mesmo que às vezes eu suma e fique muito tempo sem aparecer...<br />Quero falar sozinha na rua e sorrir sem nem perceber...<br />Quero que me descubram e explorem cada parte do meu corpo, com fascínio, humor, prazer...<br />Quero viver cada vez mais simples, conversar e estar com pessoas inteligentes e livres. Quero sentir os cheiros do mundo, como o do café que me chega, agora, da minha cozinha. Quero fechar os olhos e respirar fundo. Quero sentir o gosto da comida que como e desmanchar-me na bebida que bebo. Quero sonhar muito e ser sonhada. Viver muito, junto e só, múltipla e inteira.<br />Quero poder viver bem junto ao meu tempo e ser dona das coisas, mesmo que elas não caibam no dia, quero que minha vida me pertença e que ninguém tenha nada com isso, a não ser que eu tenha aberto a porta, para a pessoa entrar. Poucas coisas, cada vez menos coisas, e cada vez melhores. Quero ser simples, quero ser o que sou, hoje, agora. Quero. Quero muito. E querer liberta. Nestes minutos que se passaram (não sei quantos), apenas quis. E fui livre. Sou livre. Serei livre.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-55389455781315437162010-05-03T14:49:00.000-07:002011-07-25T10:48:46.730-07:00A samambaia e bambu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_zGFK45Dj_b6ZpgPFhjCmxEva7TL3WBJpn7KUTeOvrUzGgWE5JsnsJA4_gbXXOhZYAZZTaH-2mCAbHUEVaMyn77oa3zJH79TpWlDVt7_KdhA_Xn55YyFFKLPmDCh174qSRmIESR2J9Ol/s1600/9.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_zGFK45Dj_b6ZpgPFhjCmxEva7TL3WBJpn7KUTeOvrUzGgWE5JsnsJA4_gbXXOhZYAZZTaH-2mCAbHUEVaMyn77oa3zJH79TpWlDVt7_KdhA_Xn55YyFFKLPmDCh174qSRmIESR2J9Ol/s320/9.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633332560855637634" /></a><br /><br />Certo dia decidi dar-me por vencido. Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, e à minha fé.Resolvi desistir até da minha vida.Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.“Deus, eu disse:Poderias dar-me uma boa razão para eu não entregar os pontos?” Sua resposta:“Olha em redor Estás vendo a samambaia e o bambu?”“Sim, estou vendo”, respondi.Pois bem. Quando eu semeei as samambaias e o bambu, cuidei deles muito bem. Não lhes deixei faltar luz e água.A samambaia cresceu rapidamente.Seu verde brilhante cobria o solo."Porém, da semente do bambu nada saía.Apesar disso, eu não desisti do bambu. No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa.E, novamente, da semente do bambu, nada apareceu. Mas, eu não desisti do bambu.No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa… Mas, eu não desisti. Mas… no quinto ano, un pequeno broto sai da terra. Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno , até insignificante.Seis meses depois, o bambu cresceu mais de 50 metros de altura.Ele ficara cinco anos afundando raízes.Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver.“A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar”. "E olhando bem no meu íntimo, disse: Sabes que durante todo esse tempo em que vens lutando, na verdade estavas criando raízes? Eu jamais desistiria do bambu. Nunca desistiria de ti.Não te compares com outros”.“O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer do bosque um lugar bonito”.“Teu tempo vai chegar” disse-me Deus."Crescerás muito!" Quanto tenho de crescer? perguntei.“Tão alto como o bambu?” foi a resposta.E eu deduzi: Tão alto quanto puder!Espero que estas palavras possam ajudar-te a entender que Deus nunca desistirá de ti.Nunca te arrependas de um dia de tua vida. Os bons dias te dão felicidade.Os maus te dão experiência. Ambos são essenciais para a vida.A felicidade te faz doce.Os problemas te mantêm forte.As penas te mantêm humano.As quedas te mantêm humilde. O bom êxito te mantém brilhante.Mas, só Deus te mantém caminhando...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-20766534710465645112010-04-08T05:01:00.000-07:002011-07-25T09:22:09.031-07:00Ninguém pode lhe fazer mal sem sua permissão. Não dê.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIFxIagMF7wLoZkbU-xAX0Z-7A3PXj4wX-rEsB3xrsKl3iwHitvCOZ-09pY9t8H6P1avqzpdm1EEfDAC6RlEH97dtZmNhjpB3yEe5leSq2ahVzt6nFjJw7a3WJMg077kJm8ODu-4PtPQP9/s1600/8.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 308px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIFxIagMF7wLoZkbU-xAX0Z-7A3PXj4wX-rEsB3xrsKl3iwHitvCOZ-09pY9t8H6P1avqzpdm1EEfDAC6RlEH97dtZmNhjpB3yEe5leSq2ahVzt6nFjJw7a3WJMg077kJm8ODu-4PtPQP9/s320/8.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633325995406442994" /></a><br />A cada dia fica menor o tempo para a contemplação, para o refletir, para o pensar. E isso é triste... Se não pensamos, deixamos de existir. É cartesiano, mas é verdade. Se não existimos, não estamos aqui... estamos em qualquer outro lugar, mas nunca no momento em que estamos vivendo. Somos zumbis, manequins, bonecos. Sempre além, sempre ausentes, frios... Me lembrei do Gustavo Oviedo me falando sobre os nossos "zumbis"... Afe!... Manipuláveis e manipulados.</p> <p>Não quero. Não vou. Não posso!!!!</p> <p>Não vou me deixar ensurdecer pelo barulho dessa vida louca. Preciso, constantemente, me exercitar e me lembrar de fechar os olhos para o mundo a fim de enxergar a poesia das coisas. A fim de ouvir a música dos dias. A melodia das horas. De admirar a "dança das cores", odores, sabores e amores que permeiam nossa vida.</p> <p>Ainda existe luz em alguns sorrisos. Ainda encontramos conforto em certos abraços. Ainda é possível sentir doçura em algumas palavras. Ainda há felicidade nos encontros. Ainda há esperança nos olhares. Ainda tem gente que procura genuinamente ser feliz... Não ser mais rico, mais bem sucedido, mais bem relacionado, mais bonito, mais magro, mais qualquer outro valor que porventura esteja na moda por aí…Mas, total e simplesmente, feliz.</p> <p>E é malditamente clichê (sempre digo que a verdade está nos clichês... rs!) - a felicidade está tão próxima, tão escondida em pequenas coisas que simplesmente não notamos.</p> <p>Eu ainda páro e abro os braços para sentir o vento (no calçadão é ótimo fazer isso!). Eu converso com flores, gatos, cachorros, bebês... Eu canto enquanto cozinho e escrevo cartas apaixonadas (envio pelos correios!) para meu amor. E eu digo "eu te amo" a todos que eu sinto amor. Eu danço Belle & Sebastian (adoro!!!) com minhas filhas (as poodles) no meio do quart à noite... Eu reconheço algumas pessoas pelo cheiro. Não o cheiro de CC, obviamente (rs!!!), mas pelo cheiro característico delas. Eu sei quando meus chegados estão chateados pelo seu tom de voz... Eu ainda toco as pessoas. As abraço, seguro em suas mãos, as beijo e faço questão de demonstrar a elas o quanto são importantes para mim. Pra mim, isso é viver e sentir, é trocar. É ser total e completamente humano.</p> <p>Não vou deixar essa vida me endurecer. Porque quando endurecemos, quebramos. Quero ser fluida, flexível, mutável, líquida. E preencher cada reentrância que essa vida me reservar…Para então, um dia, quem sabe…Transbordar.</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-72984932169708143532010-03-16T09:37:00.000-07:002011-07-25T09:13:10.988-07:00Uma nova etapa!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLdQyEmOone62_q-UyAtThXlFOeZTqhLf6IArsA-bnGiFsUeKV07NaYMc8LWgnd6DNCZPeofffGP8run1FKjvb3vtM0AOh8aYHA23U8mVINoAg8BJLvELCc92ZkQUsUVf4QrNZZ58LGMbn/s1600/%252B.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLdQyEmOone62_q-UyAtThXlFOeZTqhLf6IArsA-bnGiFsUeKV07NaYMc8LWgnd6DNCZPeofffGP8run1FKjvb3vtM0AOh8aYHA23U8mVINoAg8BJLvELCc92ZkQUsUVf4QrNZZ58LGMbn/s320/%252B.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633319857217910530" /></a><br /><br />Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.<br />Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.<br />Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do Maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados.Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não cometam. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim."Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível." O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.Aprendemos a ser filhos depois que somos pais."Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...".Os netos são a última oportunidade de re-editar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-87879601787638077872010-03-11T03:31:00.000-08:002011-07-25T08:53:26.399-07:00Bom dia!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigH3E8f_LSXWBjx79RP2webYf3-kH4otN3bam4SpAgMt1Njv2XqolWCOTyNqKdv4rYSlsZBBlKuaBmKDOSiAxDiA6co0u7JdWNdL_YCuV7GP1EwgQwQVGnyQFT3neBIKmLxnyEJWxXiDK7/s1600/6.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigH3E8f_LSXWBjx79RP2webYf3-kH4otN3bam4SpAgMt1Njv2XqolWCOTyNqKdv4rYSlsZBBlKuaBmKDOSiAxDiA6co0u7JdWNdL_YCuV7GP1EwgQwQVGnyQFT3neBIKmLxnyEJWxXiDK7/s320/6.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633318559004236722" /></a><br />Ei, você ai, dormiu bem essa noite?<br />Hum ... Está se sentindo apático, pessimista<br />com crises de choro, ou as mais diversas dores?<br />A vida então está monótona, Sem perspectivas?<br />E você que está só trabalhando pra sobreviver<br />E não sabe nem o que fazer com o tempo livre?<br />Ai ... São sintomas típicos da depressão.<br />Pra esse quadro, um terapeuta espanhol <br />vem receitando uma coisa simples, <br />Mas que as vezes assusta: UM AMANTE!!<br />É .. isso causa um espanto e até indignação.<br />E pra quem sai da consulta escandalizado,<br />o terapeuta explica (eu adoro essa explicação dele, preste atenção):<br />"Amante é aquilo que nos apaixona.<br />É o que toma conta do nosso pensamento <br />antes de pegarmos no sono <br />E é também aquilo que, às vezes, <br />nos impede de dormir.<br />O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos<br />em relação ao que acontece à nossa volta. <br />É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.<br />Às vezes encontramos o nosso amante <br />Em nosso parceiro.<br />Outras, em alguém que não é o nosso parceiro, <br />mas que nos desperta as maiores paixões. <br />Ai ... E sensações incríveis...<br />Também podemos encontrá-lo <br />na pesquisa científica, ou na literatura, <br />na música, na política, no esporte,<br />o trabalho, na espiritualidade, na boa mesa<br />no estudo, ou no prazer do passatempo predileto...<br />Enfim, amante é " alguém ", " alguém "<br />ou " algo " que nos faz namorar...<br />Nos faz namorar a vida <br />e nos afasta do triste destino de ... <br />Ah ... " ir levando ". <br />E o que é " ir levando "?<br />" Ir levando " é ter medo de viver.<br />É o vigiar a forma como os outros vivem <br />- o vizinho... <br />É o se deixar dominar pela pressão,<br />tomar remédios multicoloridos,<br />afastar-se do que é gratificante, <br />observar até decepcionado, cada ruga nova <br />que o espelho mostra.<br />É se aborrecer com o calor, ou com o frio,<br />Com a umidade, com o sol, ou com a chuva.<br />" Ir levando " é adiar a possibilidade de desfrutar,<br />Ai ... desfrutar o hoje, fingindo se contentar <br />com a incerta e frágil ilusão de que talvez,<br />talvez, possamos realizar algo.<br />Quando? Amanhã.<br />Ah, por favor, não se contente com " ir levando "!.<br />Procure um amante, ou uma amante, <br />e seja também um amante!<br />E um protagonista da sua vida... <br />Acredite: o trágico não é morrer,<br />afinal, a morte tem boa memória<br />E nunca se esqueceu de ninguém...<br />O trágico é desistir de viver; <br />por isso, e sem mais delongas, <br />procure um amante ...<br />É preciso Namorar a Vida.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3051776239158516654.post-76671756268191701742009-08-31T18:43:00.000-07:002011-07-25T06:12:36.252-07:00Morrer...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUhJFNKImVs9JK7IhANI_SA83sIWXp22ndqBH7gKD7u9kVUSwvZgqnoJeafG19rorRLXcz7th6mRBbFFXND3euxGKkztINBxUszq8f6rttNC6U8rh7m3jjv8yhyphenhyphen5oSUghukrffPw1N3LGu/s1600/5.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 239px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUhJFNKImVs9JK7IhANI_SA83sIWXp22ndqBH7gKD7u9kVUSwvZgqnoJeafG19rorRLXcz7th6mRBbFFXND3euxGKkztINBxUszq8f6rttNC6U8rh7m3jjv8yhyphenhyphen5oSUghukrffPw1N3LGu/s320/5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633263000340318642" /></a><br /> <br /> Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte: nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia.<br /> A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio. A morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo. A fronteira entre o passado e o futuro.<br /> Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.<br /> Quer ser um bom profissional? então mate dentro de você o universitário descomprometido, que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.<br /> Quer ter um bom relacionamento? então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.<br /> Quer ter boas amizades? então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.<br /> Enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior e qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso.<br /> Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. A cabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados. <br /> Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não mantemos as virtudes de criança que também são necessários anos, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc. mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos.<br /> Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja ser.<br />Pense nisso e morra, mas, não esqueça de nascer melhor ainda.<br /> O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.Unknownnoreply@blogger.com0